"Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer." (Daniel 6:10) Quando Daniel soube que o Rei Dario tinha proibido a oração a Deus, ele continuou a orar três vezes ao dia. Daniel orava assim, não propriamente para contrariar ou desafiar as leis que alguns homens invejosos impuseram ou tampouco orou para ser poupado dos leões esfomeados. Ainda que a sua oração tivesse efeito, tanto nas leis malignas do Rei, como terá contribuído para fechar a boca aos leões, Daniel orou persistentemente porque a intimidade e a dependência de Deus eram a prática real e principal da sua vida. Daniel não começou a orar quando os problemas apertaram na sua vida, ele orou "como também antes costumava fazer". A motivação principal da oração de Daniel não era ele próprio nem contra aqueles que o afligiam. A causa era Deus, a Sua comunhão e Sua vontade. Quais são as motivações das nossas orações? O teólogo R. C. Sproul, no seu pequeno-grande livro "A oração muda as coisas?" (Editora Fiel), conta que John Wesley disse certa vez que não tinha muita apreciação por ministros que não gastassem pelo menos quatro horas por dia em oração. Relembrou também que Lutero orava regularmente uma hora por dia, excepto quando tinha um dia muito atarefado. Nesses dias (que provavelmente seriam todos), Martinho Lutero primeiro orava duas horas, depois orava mais duas horas. Obviamente que o mais importante na oração não é uma contabilização cronometrada do tempo, mas concordo que a nossa vida de oração determina o tipo de cristãos e de líderes que somos. A vida de oração não é só o termómetro da Igreja, reveladora do seu estado espiritual, é indicadora igualmente da maturidade espiritual e relacional de cada membro com Deus e com os outros.
O diabo sabe que a oração individual e congregacional tem poder transformador, ele faz tudo para impedir, roubar e atrapalhar esse tempo de comunhão com Deus. A oração, para além de agradar a Deus e abençoar as pessoas por quem oramos, transforma sempre quem ora. Pela parte que me toca, reconheço que preciso ser muito mais transformado. Não nos esqueçamos que O Senhor Jesus lembrou que a sua casa, mais do que uma Casa de actividades eclesiásticas ou sociais, deveria conhecida como "Casa de oração". Podemos saber e fazer muitas coisas, mas se não levarmos uma intensa e regular vida de oração, tudo é palha - tudo falha. Que Deus nos ajude a orar mais e melhor. "Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo" (Marcos 13:33). |
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January 2016
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